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domingo, 6 de novembro de 2016

Perashat Noach

Estas são as gerações de Noach. Noach era um honem justo, puro nas gerações dele; com D'us caminhou Noach. E gerou Noach três filhos: a Shem, a Cham e a Yêfet. E estava desolada a terra diante de D'us, e se encheu a terra de violência. E viu D'us a terra, e eis que estava desolada, pois toda carne desolou seu caminho sobre a terra.
Bereshit 6:9-12


Durante a geração do Dilúvio, toda a terra estava cheia de pessoas que eram completamente perversas, cheias de pessoas que não praticavam o bem a absolutamente ninguém. No final da perashá passada (Bereshit) vemos que o estado em que se encontrava a Humanidade foi causado pela corrupção dos líderes da época: a Torá explicita que os juízes (filhos de D'us, em tradução literal) se corromperam com "as filhas dos homens", e estes tomaram de todas as mulheres que lhes dava vontade (incluindo as que já eram casadas). A corrupção era generalizada, e aparentemente a Humanidade não tinha mais conserto.
Aí aparece Noach...
Existem duas opiniões sobre ele. Uma de que ele era de fato um grande justo. Mas há uma outra, mais intrigante: Noach só teria sido considerado justo porque foi considerado entre as pessoas com as quais vivia em sua geração. A Torá diz "Noach era um homem justo, puro nas gerações dele". Rashi e outros comentaristas explicitam que Noach é tido como puro porque D'us viu que nenhum de seus descendentes seria capaz de ser totalmente perverso, o que nos indica que todos teriam uma chance de fazer teshuvá - coisa que os outros descendentes de Adam não tinham mais por terem se afundado demais em violência e transgressões. De todas as pessoas que ouvimos na História, todas elas tinham alguma coisa boa, algum lado bom por menor que fosse - até mesmo os malditos Haman e Hitler (que seus nomes sejam apagados e esquecidos) tinham alguma bondade, ainda que apenas com as pessoas da sua família ou "raça" - o que lhes permitia a possibilidade de teshuvá. O maior ensinamento do Mabul não é que D'us pune os perversos, mas que todos tem algum lado bom (por menor que seja) e que todos tem portanto a possibilidade de arrependimento e de se recuperar de suas ações.

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