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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Perashat Chayê Sará

Em mérito de Ana Paula Martins, que tenha um bom parto.
Em mérito de Ketilene de Oliveira, que tenha pronta recuperação.
Que D'us ajude o povo judeu durante esses atentados de incêndios.

E foi a duração da vida de Sará cem anos, e vinte anos e sete anos; estes foram os anos da vida de Sará. E morreu Sará em Kiryat Arbá - que é Chevron -, na terra de Kenaan; e veio Abraham lamentar por Sará e chorar sua morte. E se ergueu Abraham da frente de sua morta, e falou aos filhos de Chet dizendo: "Estrangeiro e habitante sou com vocês; me deem uma porção de túmulo, e enterrarei minha morta de diante de mim." E responderam os filhos de Chet a Abraham, dizendo-lhe: "Escute-nos, meu senhor, pois príncipe de D'us tu és dentro de nós, no que escolheres dentre os nossos túmulos enterre tua morta; nenhum de nós não se deterá em te dar o seu túmulo para que enterres tua morta." E se ergueu Abraham e se cumprimentaram, ao povo da terra, aos filhos de Chet. E falou com eles dizendo: "Se vocês têm vontade que seja enterrada minha morta de diante de mim, me ouçam, e peçam para mim com Efron ben Tsochar. E ele me dará a caverna múltipla (me'arat hamachpelá) que ele tem na extremidade do seu campo; por seu valor completo ele me será dada por porção de túmulo." E Efron havia se assentado entre os filhos de Chet; e respondeu Efron, o hitita, a Abraham, aos ouvidos dos filhos de Chet e a todos os que vieram ao portão de sua cidade, dizendo: "Não, meu senhor. Me ouça! O campo eu te dei, e a caverna que há nele te dei; aos olhos dos filhos de meu povo te dei, enterre tua morta." E o cumprimentou Abraham diante do povo da terra. E disse a Efron, aos ouvidos do povo da terra, dizendo: "Então, se tu, por favor, me ouvir; te dei a prata pelo campo, tome de mim e enterrarei minha morta lá." E respondeu Efron a Abraham dizendo-lhe: "Meu senhor, me escute. A terra vale 400 siclos de prata. O que é isto entre mim e ti? Enterre tua morta." E escutou Abraham a Efron, e pesou Abraham para Efron a prata que ele disse aos ouvidos dos filhos de Chet; 400 siclos de prata em moeda corrente.
Bereshit 23:1-16

Sará veio a falecer quando ficou sabendo do evento da Akedat Itschak, no final da perashá anterior (Vayerá). Quando a Torá começa a abordar a idade de Sará, faz uma coisa bem incomum; separa a idade dela em três etapas. Segundo Rashi, aos 100 anos ela tinha vigor de 20 anos para resistir ao pecado, e aos 20 anos ela tinha a beleza como uma criança de 7 anos. Todos os seus anos de vida foram dedicados na prática do bem.
Sará faleceu e foi enterrada em Kiryat Arbá (Chevron), uma cidade ao sul de Jerusalém. Existem duas explicações para o nome da cidade: a primeira afirma que é chamada assim porque quatro gigantes viveram aí (Achiman, Shashi, Talmai e o pai deles), enquanto que a segunda opinião afirma que o nome da cidade foi uma profecia sobre os quatro casais que seriam enterrados aí (Adam e Chavá, Abraham e Sará, Yitschak e Ribká, Ya'akob e Leá). Vale notar: na parte que fala que Abraham chora a sua morte, a letra "kaf" aparece diminuída na Torá. Segundo Ba'al Haturim, o motivo é que Abraham lamentou sua morte de forma a não externar muito, como um sofrimento mais interno, e logo se apressou em procurar dar um enterro digo à sua esposa.
Logo em seguida, Abraham passa a procurar um local digno do enterro de sua esposa. Ele fala com humildade perante os moradores de Kiryat Arbá, se declarando nada mais que um estrangeiro que veio de longe se estabelecer no meio deles. Entretanto, Abraham era um profeta e mestre dos ensinamentos sobre D'us e o monoteísmo, a tal ponto que vemos o povo responder que ele era príncipe de D'us. Segue-se toda uma discussão às aversas: ele queria pagar pela porção da terra e o povo não queria aceitar o dinheiro, queria presenteá-lo. Por fim, ele escolheu a caverna múltipla - em hebraico, Me'arat Hamachpelá -, que ficava no terreno de Efron. Nova discussão nos mesmos moldes se segue, até que Efron cede e Abraham lhe paga o valor do terreno. Vale notar que foi pago não apenas em prata, cujo valor é variável e alguém poderia aceitar a prata de Efron como se valesse menos do que seu valor real, mas "em moeda corrente", ou seja, no valor que ele poderia realmente ter um maior benefício. Assim vemos que Abraham não se preocupava em pagar simplesmente sua compra, mas se preocupou até mesmo que Efron tivesse um bom proveito do dinheiro proveniente da venda.

domingo, 13 de novembro de 2016

Perashat Vayerá


Em mérito de Ana Paula Martins, que tenha um bom parto, be'ezrat Hashem
E o Eterno se mostrou a ele em Eloné Mamré, enquanto ele estava sentado à porta da tenda, estando quente o dia. E ergueu seus olhos e eis que três homens se dispunham em sua direção; e viu e correu em sua direção, desde a porta da tenda, e se detiveram em direção da terra. E disse "Meus senhores, se achei graça aos olhos de vocês, não passem para além do servo de vocês. Tomem um pouco de água e lavem seus pés; e nos assentemos sob a árvore. E buscarei pão amassado e vocês alimentarão seus corações, e depois vocês passarão; porquanto vocês passaram pelo servo de vocês." E lhe disseram: "Sim, faça conforme você disse." E se apressou Abraham em direção da tenda, até Sará; e disse: "Se apresse! Tome três medidas de farinha de trigo, prepare e faça bolos." E Abraham correu à vaca, e tomou um bezerro puro e bom, e deu ao jovem, e se apressou em fazê-lo (abater e preparar). E pegou a manteiga, o leite e o novilho que preparou, e pôs diante deles; ele se pôs de pé diante deles sob a árvore, enquanto comiam. E disseram a ele: "Onde está Sará, a tua esposa?" E ele respondeu: "Está aqui, na tenda." Então eles lhe disseram: "Eu voltarei a ti por volta desta época, e eis que haverá um filho para Sará, tua esposa." E Sará estava ouvindo desde a porta da tenda, estando ele por detrás. E Abraham e Sará eram idosos, entrados em dias, e a Sará já havia cessado o costume como das mulheres. E riu Sará consigo mesma dizendo (pensando): "Depois de eu estar envelhecida teria eu este prazer, e estando meu senhor já idoso?" E disse o Eterno a Abraham: "Por quê isto, que Sará riu dizendo 'Como poderei eu gerar filho, estando eu idosa'? O Eterno se espantaria com algo? Por volta desta época Eu voltarei a ti, como agora, e Sará terá um filho!"
Bereshit 12:1-14

Alguns versos antes, no final da perashá anterior (Lech Lechá), Abraham havia terminado de fazer a circuncisão em si e em todos da sua casa, conforme D'us ordenara. Agora, três dias depois (quando há o auge da dor da circuncisão), ele estava à porta da sua tenda esperando por visitantes e viajantes: seu prazer era receber convidados e dar um excelente tratamento e descanso, para que estes pudessem seguir viagem. Por cumprir com tanto esmero a mitsvá de hachnassat orchim (recebimento de convidados), D'us enviou seus anjos na forma de viajantes, e desta forma lhe informou quando especificamente teria o filho prometido. Se verificarmos a forma com a qual Abraham recebe os visitantes, vemos o nível  de esmero, a ponto de praticamente implorar que estes lhe dessem a honra de comer em sua tenda! Sará também tinha esta dedicação, de forma que correu para preparar os bolos, conforme o pedido de seu marido. A primeira coisa que os convidados fazem logo depois de comer é perguntar por Sará para lhe dar a notícia - eles poderiam dizer a Abraham que este teria um filho; entretanto, perguntaram por Sará para dizer que ela teria um filho, e um dos motivos é que ela permitiu que seu marido tivesse um filho por meio de outra mulher (quem é mulher sabe o nível de abnegação que isto exige). Esta é uma das formas que podemos ver um dos conceitos do judaísmo, de que a mulher é espiritualmente mais elevada do que o homem por natureza; e poderíamos parafrasear: "Nossos patriarcas são santidade, e nossas matriarcas, santidade de santidades".
Há ainda uma coisa que passaria desapercebido, não fosse eu já ter escutado sobre isso: quando Abraham serviu seus convidados, ele primeiro serviu os alimentos lácteos para só depois servir os alimentos de carne. Há quem argumente que este seja a base da halachá no que concerne a ingestão de carne e leite: primeiro se ingere alimentos de leite, e logo depois de limpar a boca se come alimentos de carne (alguns acostumaram a aguardar um intervalo de tempo entre a ingestão de lácteos e a ingestão de carne). Entretanto, se a pessoa ingere alimentos de carne, ela deve esperar um mínimo de seis horas até a ingestão de alimentos lácteos novamente (no entando há comunidades que se acostumaram a esperar um intervalo menor de tempo; porém este não é o costume da maioria e sequer é recomendado que sigam tal costume).
Na perashá anterior vimos que Abraham riu quando D'us lhe prometeu um filho, e aqui vemos que Sará também riu quando D'us repetiu a promessa. E o nome da criança deveria ser Yitschak ("ele rirá", em hebraico). Como Abraham e Sará riram ao escutarem a promessa, de certa forma D'us então se rirá ao cumpri-la - "quem ri por último, ri melhor".

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Perashat Lech Lechá

Em mérito de Ana Paula Martins, que tenha um bom parto, be'ezrat Hashem.

E disse Hashem a Avram: parta de tua terra, de onde nasceste e da casa de teu pai, para a terra que te mostrarei. E Eu te farei como uma grande nação, e te abençoarei, e engrandecerei teu nome; e serás benção. E Eu abençoarei aos que te abençoarem, e os que te amaldiçoarem Eu tornarei maldito; e serão abençoadas em ti todas as famílias da terra. E foi-se Avram conforme lhe disse Hashem, e com ele se foi Lot; e Avram tinha 75 anos de idade ao partir de Charan. E tomou Avram a Sarai sua esposa, e a Lot seu sobrinho, e toda a propriedade que tinham, e a alma que fizeram em Charan; e saíram caminhando em direção da terra de Canaan, e vieram à terra de Canaan. E passou Avram na terra até o local de Shechem, até Elon Moré; o canaanita estava então na terra. E apareceu Hashem a Avram e disse "À tua semente darei esta terra"; e construiu alí um altar, ao Eterno que lhe apareceu. E estendeu desde ali até o monte, a leste de Bet El, e armou sua tenda; Bet El ao ocidente e 'Ái ao oriente. E construiu ali um altar ao Eterno, e o chamou em Nome do Eterno. E viajou Avram indo e viajando até o Negev.
Bereshit 12:1-9

Ao final da perashá passada (Noach), é lido sobre o começo da história de Abraham. Ele saiu de Ur Kasdim e se estabeleceu em Charan junto com seu pai e toda a sua família. Houve toda uma situação contada pelos nossos Sábios sobre o motivo de sua saída de sua terra natal, já que Abraham (ainda chamado de Abram) se rebelou contra a idolatria. Seu pai Terach e toda sua família saíram para evitar alguma eventual vingança da parte de Nimrod (já que ele mesmo se declarava um deus), e se estabeleceram em Charan, planejando viver ali definitivamente. Só que por seu grande mérito de descobrir sozinho que há um D'us que tudo governa, Ele o chamou para habitar na terra sagrada e estabelecer ali sua descendência para que fossem os expositores do monoteísmo à Humanidade. É neste momento, aos 75 anos de idade, que Abram é ordenado por D'us para ir a uma terra que para ele era desconhecida e lá se estabelecer. Segundo o comentarista Or Hachaim, D'us propositadamente não lhe explicou sobre como eram as condições da terra onde ele se estabeleceria, para verificar se ele cumpriria com Sua ordem da mesma forma como normalmente um ser humano cumpre a ordem de um rei mortal. Essa confiança que Abram tinha em D'us - apesar de Ele estar invisível aos olhos físicos - que o tornou diferente de todas as pessoas ao redor, e serve de exemplo para nós até hoje - Or Hachaim continua explicando que este foi o teste supremo pelo qual ele passou. Entretanto, há quem opine que o destino não era tão desconhecido assim, já que a gematria composta (nome de cada letra) da palavra "que te mostrarei" (אראך) em hebraico tem o mesmo valor da gematria simples de "terra de Israel" (ארץ ישראל), que é 832.
Ao chegar em seu destino, D'us se revela novamente a Abram e lhe promete: "À tua semente darei esta terra". O que nos resta uma questão: quem deveria herdar a terra de Israel, já que Abraham teria dois filhos? D'us diz a Avraham na disputa que teve com Sará por causa de Ishmael "pois Itschak será para ti descendência" (Bereshit 21:12). Segundo o Zohar, o mérito que permite à descendência de Abraham viver na terra de Israel é o sangue da berit milá (circuncisão) - a importância chega a um ponto no qual o anjo de Ishmael reinvidica a terra aos ishmaelitas, já que eles também tiram sangue em uma circuncisão, mas D'us permite que eles vivam somente enquanto a terra estiver vazia de seus verdadeiros donos assim como a circuncisão que eles fazem é "vazia" (incompleta, ou seja, compõe de apenas uma das três etapas de uma circuncisão válida pela Torá), e eles deveriam ceder assim que o exílio de Israel terminasse.
Bet El à esquerda (sul) e Shechem à direita (norte).
A cidade de Ái ficava cerca de 5,5km a leste de Bet El,
enquanto que Elon Moré fica a cerca de 6,5km de Shechem.
Como forma de obedecer a D'us e habitar na terra de Israel, Abraham fixou suas tendas em uma área grande, que se estendia desde a região próxima a Bet El e se extendendo até a região de Ái, ao longo de uma extensão de aproximadamente seis quilômetros, provavelmente por conta do grande número de servos e gados que Abraham possuía. Este foi o começo do assentamento do povo judeu na terra de Israel -  que D'us possa prontamente trazer todo o povo judeu de volta à terra de nossos antepassados.

domingo, 6 de novembro de 2016

Perashat Noach

Estas são as gerações de Noach. Noach era um honem justo, puro nas gerações dele; com D'us caminhou Noach. E gerou Noach três filhos: a Shem, a Cham e a Yêfet. E estava desolada a terra diante de D'us, e se encheu a terra de violência. E viu D'us a terra, e eis que estava desolada, pois toda carne desolou seu caminho sobre a terra.
Bereshit 6:9-12


Durante a geração do Dilúvio, toda a terra estava cheia de pessoas que eram completamente perversas, cheias de pessoas que não praticavam o bem a absolutamente ninguém. No final da perashá passada (Bereshit) vemos que o estado em que se encontrava a Humanidade foi causado pela corrupção dos líderes da época: a Torá explicita que os juízes (filhos de D'us, em tradução literal) se corromperam com "as filhas dos homens", e estes tomaram de todas as mulheres que lhes dava vontade (incluindo as que já eram casadas). A corrupção era generalizada, e aparentemente a Humanidade não tinha mais conserto.
Aí aparece Noach...
Existem duas opiniões sobre ele. Uma de que ele era de fato um grande justo. Mas há uma outra, mais intrigante: Noach só teria sido considerado justo porque foi considerado entre as pessoas com as quais vivia em sua geração. A Torá diz "Noach era um homem justo, puro nas gerações dele". Rashi e outros comentaristas explicitam que Noach é tido como puro porque D'us viu que nenhum de seus descendentes seria capaz de ser totalmente perverso, o que nos indica que todos teriam uma chance de fazer teshuvá - coisa que os outros descendentes de Adam não tinham mais por terem se afundado demais em violência e transgressões. De todas as pessoas que ouvimos na História, todas elas tinham alguma coisa boa, algum lado bom por menor que fosse - até mesmo os malditos Haman e Hitler (que seus nomes sejam apagados e esquecidos) tinham alguma bondade, ainda que apenas com as pessoas da sua família ou "raça" - o que lhes permitia a possibilidade de teshuvá. O maior ensinamento do Mabul não é que D'us pune os perversos, mas que todos tem algum lado bom (por menor que seja) e que todos tem portanto a possibilidade de arrependimento e de se recuperar de suas ações.

Perashat Bereshit

No princípio, ao criar D'us os céus e a terra, a terra era disforme e vazia, e o sopro de D'us pairava sobre as águas. E disse D'us: Haja luz! E houve luz. E viu D'us a luz, e eis que é boa; e separou D'us entre a luz e a escuridão. E chamou D'us à luz "dia", e à escuridão "noite"; e foi entardecer, e foi amanhecer, um dia.
Bereshit 1:1-5

Estas são as primeiras palavras ditas pela Torá, o livro que entrou para a História como a base do monoteísmo e da ética, e é o fundamento de toda a vida do povo judeu. Como o foco da Torá são as leis que devem ser seguidas para uma interação hamoniosa entre os seres humanos e entre o ser humano e D'us, por quê a Torá inicia com o relato da Criação? Rabi Yitschak questiona o por quê de a Torá não começar com o primeiro mandamento que o povo judeu recebeu, que foi o da contagem dos meses, e logo em seguida dá a resposta: quando as nações do mundo disserem aos judeus que somos ladrões por termos expulsado os povos que aqui viviam, devemos ter a resposta de que D'us fez toda a Terra e o que nela há, e Ele decidiu dar esta terra a quem lhe aprouve. Em uma das aulas que tive aqui na yeshivá com o rav Rotenberg, ele explicou que essa resposta não é necessariamente para ser dada às nações do mundo, haja visto que é sabido de antemão que não escutariam, mas que para soubéssemos nós mesmos que não fomos ladrões, e sim que recebemos do Criador esta terra como herança. Não surpreedentemente, os movimentos dentro do Estado de Israel que advocam a alegação de que os israelenses roubam terras dos árabes são justamente os grupos que mais se afastaram do estudo da Torá. Ai de nós!
O comentarista Ba'al Haturim nota que a expressão "no princípio" (בראשית), em hebraico tem as iniciais da frase "No começo D'us viu que Israel aceitaria a Torá" (בראשונה ראה אלקים שיקבלו ישראל תורה). Desde o começo da Criação D'us já visava a criação do povo judeu e revelar a Sua Torá. Ela é o guia de como as criaturas devem se portar e como alcançarem seus verdadeiros potenciais, revelando cada um a seu modo a Presença Divina. Há um Midrash que diz que D'us consultou todas as nações do mundo se desejavam aceitar um mandamento da Torá, mas todos recusaram e apenas o povo judeu se mostrou disposto a aceitar e cumpri-la.